quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015
É a super-mulher? Não
Por vezes sentia a heroína (mulher de grande coragem e com poderes extraordinários -nada de drogas) dentro de si a reivindicar maior protagonismo.
E então imaginava a ascensão da mulher vestida de latex e de ténis (pois em versão sexy mas confortável e capaz de correr) começar a sua trajectória através de pequenas acções passíveis de serem concretizadas pelo mais simples mortal com disponibilidade e sentido de caridade:
avisar os distraídos proprietários dos carros estacionados com luzes acesas; ajudar os velhinhos a transportar as compras; limpar a rua de papeis, sacos e outros objetos; dar atenção aos solitários que procuram uma palavra amiga; etc, etc...
Mas após subir vários lanços de escadas com os sacos revia o dilema imortalizado por peter parker* e renunciava ao seus poderes por testar não fosse ter a responsabilidade de provocar superheroinodependência nos octogenários com consequências nefastas na sua desenvoltura física e mental. O fato de latex ficava de reserva à espera de melhores dias.
*"Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades"
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