tag:blogger.com,1999:blog-85757459725755834692024-03-13T01:41:15.618+00:00Quem mora aqui?mchttp://www.blogger.com/profile/02655838622570404176noreply@blogger.comBlogger72125tag:blogger.com,1999:blog-8575745972575583469.post-67349152431334837252015-06-26T01:29:00.000+01:002015-06-26T01:29:00.497+01:00afinal o dia foi longo...<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">hoje:</span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- viu um esquilo a subir uma árvore e ficar a olhar para ela;</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- foi acotovelada em hora de ponta no metro e quase tropeçou nas escadas;</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- sentiu um aperto no coração ao saber algo que aconteceu;</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- fez de conta que não percebeu olhares, evitou fazer certas perguntas e confrontou um amigo com frases breves e desapaixonadas;</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- mudou de roupa 3 vezes;</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- olhou profundamente nos olhos de desconhecidos só para lhes captar a energia e perceber melhor a contraditória natureza humana;</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- riu, sorriu, disse piadas parvas e questionou os seus interlocutores;</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- pediu ajuda e aconselhou;</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- pensou em estratégias para ser mais feliz;</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- ouviu as conversas dos vizinhos;</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- falou com mais de 10 pessoas;</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- deixou coisas por fazer e outras por decidir;</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">...</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
mchttp://www.blogger.com/profile/02655838622570404176noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8575745972575583469.post-89119320689716493792015-06-21T12:00:00.000+01:002015-06-21T12:00:02.233+01:00Retrato III ou um encontro imediato de terceiro grau* <span style="background-color: white; color: #252525; font-family: sans-serif; font-size: 14px; line-height: 22.3999996185303px;"><br /></span>
<span style="background-color: white;"><span style="color: #252525; font-family: sans-serif;"><span style="font-size: 14px; line-height: 22.3999996185303px;">Ele é grande e verde e no seu "rosto" destacam-se os olhos, estranhamente, quentes e humanos</span></span></span><span style="background-color: white; color: #252525; font-family: sans-serif; font-size: 14px; line-height: 22.3999996185303px;">.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #252525; font-family: sans-serif; font-size: 14px; line-height: 22.3999996185303px;"><br /></span>
<span style="background-color: white;"><span style="color: #252525; font-family: sans-serif;"><span style="font-size: 14px; line-height: 22.3999996185303px;">De segunda a sexta-feira assusta os terráqueos para os salvar de seguida: Primeiro são dentes a ranger, hálitos pestilentos, gemidos sumidos e de seguida sorrisos...</span></span></span><br />
<span style="background-color: white; color: #252525; font-family: sans-serif; font-size: 14px; line-height: 22.3999996185303px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #252525; font-family: sans-serif; font-size: 14px; line-height: 22.3999996185303px;">Durante o fim-de-semana não sei o que faz...Imagino que assuma uma cor humana e ande </span><i style="background-color: white; color: #252525; font-family: sans-serif; font-size: 14px; line-height: 22.3999996185303px;">solitário entre a gente.</i><br />
<span style="background-color: white;"><span style="color: #252525; font-family: sans-serif;"><span style="font-size: 14px; line-height: 22.3999996185303px;"><i><br /></i></span></span></span><span style="background-color: white; color: #252525; font-family: sans-serif; font-size: 14px; line-height: 22.3999996185303px;">Será uma espécie de deus (marciano?) simultaneamente cruel e generoso, caprichoso e atento, contraditório e apaixonante como os deuses devem ser?</span><br />
<span style="background-color: white;"><span style="color: #252525; font-family: sans-serif;"><span style="font-size: 14px; line-height: 22.3999996185303px;"><br /></span></span></span>
<span style="background-color: white; font-family: sans-serif; font-size: 14px; line-height: 22.3999996185303px;">*</span><span style="font-size: x-small;"><span style="background-color: white; font-family: sans-serif; line-height: 22.3999996185303px;"> um </span><span style="background-color: white; font-family: sans-serif; line-height: 22.3999996185303px;">encontro ou contacto imediato</span><span style="background-color: white; font-family: sans-serif; line-height: 22.3999996185303px;"> é um evento em que uma pessoa vê um objecto voador não identificado (OVNI).</span><span style="background-color: white; font-family: sans-serif; line-height: 22.3999996185303px;"> Estes encontros são classificados segundo diversas escalas. De acordo com Hynek um encontro de 3º grau pressupõe a observação de seres animados - os ocupantes da nave. Fonte: Wikipedia</span></span>mchttp://www.blogger.com/profile/02655838622570404176noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8575745972575583469.post-36067066392108950952015-05-05T01:35:00.001+01:002015-05-05T01:35:37.384+01:00As lentes cor-de-rosa cairam no chão e partiram-seEla evitava falar ou mesmo pensar em coisas que desejava que nunca acontecessem. Como se ao eliminar essas imagens da sua mente garantisse que nunca fossem acontecer. Já fizera isso com episódios menos felizes do passado e eles foram-se desvanecendo. Com o futuro era tudo mais complicado devido aos seus pensamentos extremados que procurava equilibrar com bom-senso<br />
<div>
<br />
Outras vezes vivia absorvida em pensamentos suculentos, envolventes e esperançados que reprimia com medo de os gastar por tanto os evocar. Acreditava na sua mente como criadora de realidades incomparavelmente mais ricas, belas e certamente mais domáveis do as existentes no "mundo real". Estes cenários surgiam como uma evidência dos cruéis destinos e não como incentivos à procura do desejo.<br />
<br />
Seria ela uma vítima dos contos de fada?</div>
mchttp://www.blogger.com/profile/02655838622570404176noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8575745972575583469.post-24684535710028253892015-04-20T00:59:00.003+01:002015-04-20T00:59:40.889+01:00D: semana 3/9, treino 4/4<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Manter uma rotina no blog é mesmo um problema...</span><div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os treinos têm sido cumpridos mas infelizmente os posts não acompanham a notável evolução da atleta!</span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nesta semana pude comprovar, após um breve momento de espremedela de números, que </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">aumentei os minutos de corrida em 150%*! </span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E também percebi que é melhor não ser preguiçosa e fazer os alongamentos.</span></div>
<div>
<br /></div>
mchttp://www.blogger.com/profile/02655838622570404176noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8575745972575583469.post-13106455370253367692015-04-06T01:09:00.003+01:002015-04-06T01:09:36.103+01:00D: semana 1/9, treino 4/4<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Treino cumprido - nada a assinalar.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>O outro desafio</b></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nada a assinalar mas não há tarefas novas</span>mchttp://www.blogger.com/profile/02655838622570404176noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8575745972575583469.post-10737038197381721752015-04-04T01:25:00.000+01:002015-04-04T01:25:06.028+01:00D: semana 1/9, treino 3/4<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Decidi avançar uma semana nos treinos e aumentar os minutos de corrida. O plano que tenho foi adaptado de um definido para uma corrida de 5 km com preparação em 12 semanas. Não tenho tanto tempo: são 9 semanas e o objectivo é não parar em 6km de piso irregular com vistas fantásticas.</span><div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Hoje estive em terreno irregular, florestal e acompanhada. Pensei que seria difícil conciliar os meus objetivos com a presença de terceiros que não partilham das mesmas paixões. Pensamento ridículo para quem está a fazer um post público por cada dia de treino superado como forma de motivação...</span><div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span><div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O meu passo tornou-se mais pequenos nos últimos minutos e fiquei um pouco moída. Acho que vou adormecer rapidamente.</span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>O outro desafio</b></span></div>
</div>
</div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O primeiro capitulo está consolidado em termos de estrutura e tenho 70 páginas de notas mais ou menos articuladas na ordem desejada. Agora é começar na primeira frase até à última e escrever de facto. Mas subponto a subponto... Já tenho a bibliografia reunida junto a mim para recordar o lido e dar corpo ao texto. É tempo de escrita criativa!</span></div>
mchttp://www.blogger.com/profile/02655838622570404176noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8575745972575583469.post-56931187981739644652015-04-02T00:59:00.001+01:002015-04-02T01:01:26.318+01:00Desafio: Semana 1/9, treino 2/4 ou o recurso à exposição pública para me automotivar<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Fiz o 1º treino sem o saber e talvez por isso tenha decidido avançar com o projeto.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Comecei a etapa já de noite numa zona residencial com habitação uni-familiar e estradas de acesso local. Entre o gosto por fazer parar o trânsito (normalmente nas passadeiras) e o respeito pela minha integridade física optei pelo último.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O dia esteve quente e senti os muros e os pavimentos libertarem o calor acumulado, senti-me bem. Se for aplicada acho que a coisa vai correr bem.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Não achei o plano complicado mas tive alguns percalços.</span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> </span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A partir do minuto 9 distrai-me com os meus pensamentos e passei para o modo corrida com 30 segundos de atraso. Como a ideia é intervalar 2 minutos de corrida com 2 de caminhada, 30 segundos não são desprezáveis mas eu compensei a distracção. </span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">No bloco de minutos seguinte, cruzei-me com um homem a correr com uma ramalhete de flores vermelhas na mão. Achei a cena romântica e calculei que estivesse atrasado para um jantar com a sua amada. Ao aproximar-me apercebi-me q</span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">ue levava uma embalagem de plástico com pão de forma: era uma embalagem tipo saco de plástico atado e o topo de cor vermelha e amarrado a 5 metros de distância já não se parecia nada com um ramo de flores;</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ao longo do percurso cruzei-me com muitas pessoas na rua e senti-me estranhamente acompanhada - acho que é um efeito primaveril. </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nos últimos 2 minutos com a sensação de tarefa cumprida corri com os dois polegares erguidos e prolonguei a cena por mais 30 segundos. Nesses segundos pisei uma argola em fita plástica que teve um movimento de rotação e após ter,literalmente, "metido o pé na argola" fiquei estendida no chão a pensar que tinha tropeçado nos atacadores. Um jovem sentado 10 metros à minha frente ignorou-me. Levantei-me rápido e um pouco humilhada.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>O outro desafio</b></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Alterei o plano e optei por fazer uma revisão da estrutura do capitulo 1 antes de definir as análises a realizar nos casos de estudo. As notas e comentários escritos no capitulo 1 estão um pouco </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">desequilibrados... Como ainda não decidi qual o enquadramento a dar à relação entre o espacial e o social tenho quase uma dezena de páginas com ideias desarticuladas sobre esta questão. </span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Tarefas seguintes: 1 - articular o texto que refere os principais debates teóricos em torno das dinâmicas espaciais e sociais; 2 - continuar a revisão do capitulo 1; 3 - consolidar o conceito-chave</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;"><br /></span>
mchttp://www.blogger.com/profile/02655838622570404176noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8575745972575583469.post-76136377400323905532015-02-25T02:31:00.001+00:002015-02-25T02:31:07.966+00:00É a super-mulher? Não<br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por vezes sentia a heroína (mulher de grande coragem e com poderes extraordinários -nada de drogas) dentro de si a reivindicar maior protagonismo. </span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E então imaginava a ascensão da mulher vestida de latex e de ténis (pois em versão sexy mas confortável e capaz de correr) começar a sua trajectória através de pequenas acções passíveis de serem concretizadas pelo mais simples mortal com disponibilidade e sentido de caridade:</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">avisar os distraídos proprietários dos carros estacionados com luzes acesas;</span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> ajudar os velhinhos a transportar as compras;</span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> limpar a rua de papeis, sacos e outros objetos; </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">dar atenção aos solitários que procuram uma palavra amiga; etc, etc...</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas após subir vários lanços de escadas com os sacos revia o dilema imortalizado por peter parker* e renunciava ao seus poderes por testar não fosse ter a responsabilidade de provocar superheroinodependência nos octogenários com consequências nefastas na sua desenvoltura física e mental. O fato de latex ficava de reserva à espera de melhores dias.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">*"Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades"</span>mchttp://www.blogger.com/profile/02655838622570404176noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8575745972575583469.post-48639622941990826612014-08-15T16:00:00.000+01:002014-08-15T16:00:04.524+01:00A preguiça, o público ausente e um agosto frio<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ando a organizar
pequenos textos escritos e a editar os
que não são tesourinhos deprimentes. Acho que poderei ter material para as
próximas semanas. Senti-me tentada a editar os outros textos. Este
tornar-se-ia um super blog mas também um blog bastante mau...</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">e hoje ando a lutar por
mais público ou melhor por público...admito... publicitei o blog no facebook.
Provavelmente se estiveres a ler isto é porque passaste no facebook de uma tal
marina. Porquê???? Mas informo-te: não tenho nada a ver com tal fulana, que no entanto
até foi simpática em publicitar a coisa...</span></div>
mchttp://www.blogger.com/profile/02655838622570404176noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8575745972575583469.post-65113022232417419372014-08-15T15:20:00.000+01:002014-08-15T15:20:00.075+01:00A recuperação da cabana e do amor nos tesouros antigos <div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 150%;">Quando era </span><span style="line-height: 24px;">miúda,</span><span style="line-height: 150%;"> li e vi alguns contos de fadas e acho que isso entre outras coisas fez-me sonhar com a ideia do amor e de uma cabana .</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 150%;">Mas...existem </span><span style="line-height: 24px;">obstáculos. Parece-me difícil a concretização do </span><span style="line-height: 150%;">amor e da cabana (não
por questões sentimentais mas porque a conversão de solo rural em solo urbano </span></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 24px;">é cada vez mais complexa e creio que </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%;">existem algumas burocracias associadas ao licenciamento de cabanas do amor em zonas rurais.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%;">Não tenho bem a certeza desta última questão mas a ser verdade ou </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%;">uma das entidades amorosa é
proprietária de um latifúndio de área considerável ou então a cabana tem de se
transformar num bungalow no parque de campismo ou mesmo num apartamento na
Rinchoa.</span></div>
mchttp://www.blogger.com/profile/02655838622570404176noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8575745972575583469.post-34756561087979772642014-08-11T01:23:00.000+01:002014-08-11T01:23:26.474+01:00A pequena fera apaziguada em época de crise<br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Normalmente movia-se rapidamente. Não hesitava na escolha do seu discurso, da sua roupa ou das tarefas a delegar num dos seus vários assistentes. Mas por vezes mantinha-se praticamente imóvel, atento a todos os pormenores, calculava as palavras e os efeitos destas n</span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">o outro. Modelava o discurso e via um erguer de sobrancelha, uma mão no queixo inquiridora, um olhar atento, um ligeiro abanar vertical da cabeça. Quase sempre assim, quase sempre por esta ordem, desde o primeiro negócio que fez: um saco de berlindes, uma caderneta de cromos? não se lembra e aliás que interessa....</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A coisa cresceu, os berlindes passaram a sapatos, a algumas casas, a uma empresa cada vez mais forte e conhecida. Era o primeiro a entrar e o último a sair. Fazia questão de decidir tudo: as encomendas, os descontos, a iluminação da montra, a máquina de café da recepção, o café para a máquina de café da recepção.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A coisa continuou a crescer até há 4 anos atrás, mais coisa, menos coisa. Hoje c</span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">ontinua a ser o primeiro a entrar e decide sobre o café que bebe.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>mchttp://www.blogger.com/profile/02655838622570404176noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8575745972575583469.post-35963541721840653022014-07-18T01:25:00.001+01:002014-07-18T01:25:29.716+01:00Quanto dura um olhar?<br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Quem viaja, vive mais, aprende e conhece mais dos outros e de si próprio, não tenho dúvidas. Mas será que devemos assumir sempre a figura de viajante, no dia a dia, nas pequenas coisas? Será isso possível? Será desejável?</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por vezes, provavelmente demasiadas, sinto que me solicitam (não só a mim...) um olhar de criança, cândido, interrogativo e talvez deslumbrado sobre este mundo onde habitamos. Mas sobre as visões desempoeiradas exige-se igualmente atitude critica, capacidade de decisão, de mobilização e outras coisas mais adultas.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Vida difícil, a vida das crianças crescidas que tendo de viajar têm de usar o carro, ou o avião, a bicicleta, a mota, o barco...</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>mchttp://www.blogger.com/profile/02655838622570404176noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8575745972575583469.post-38820870278602371552014-04-11T01:10:00.000+01:002014-04-11T01:16:52.353+01:00Pessoas boazinhas<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /><br />Entendo que dizer a alguém que é boa pessoa é mais depreciativo do que positivo. A boa pessoa é bondosa ou é tolerante? Tem bons valores, bom coração? Deixa cair lágrimas no cinema? É sensivel? Veste-se de branco e escolhe o bolo mais pequeno do prato para deixar os maiores para os amigos? Ou mais extraordinário: será que faz tudo isto e ainda ajuda as velhinhas a atravessar a estrada?<br /><br />Quando alguém diz de outro: "É boa pessoa" fica suspenso um mas...<br />Muitas vezes oiço: "Até é boa pessoa" ou seja apesar de tudo é boa pessoa ou "no fundo, no fundo é boa pessoa". Ora, pela lógica as boas pessoas são o contrários das pessoas maldosas ou malvadas, ou seja, em principio não praticam o mal ou terão (muito mais difícil) de praticar o bem? E esse bem praticado tem de ser entendido como bondade pelos outros? <br /><br />Penso que me sentirei protegida numa festa só com boas pessoas. De certeza que não irá aparecer por lá um Darth Vader, uma Cruella de Vil e isso é agradável.<br /><br />As "más pessoas" são ruins, estragam a vida dos outro (isso acontece porque foram maltratados na infância, porque foram seduzidos pelo lado negro da força ou por qualquer outra boa razão). Mas quando se ouve falar numa "boa pessoa" esta não é uma praticante activa da bondade, é mais alguém a quem não se associa maldade.<br /><br />E quem é que está isento de maldade? Aquele que não faz, aquele que não diz...</span>mchttp://www.blogger.com/profile/02655838622570404176noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8575745972575583469.post-61601243314319856502013-09-26T00:12:00.000+01:002013-09-26T00:12:00.487+01:00Febril<div>
<span style="font-family: arial;"></span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong><br /></strong></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>Sinto-me febril!</strong></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>Estarei apaixonada? </strong></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>Ou com uma qualquer gripe, contaminada?</strong></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: xx-small;">(o risco maior aumenta quando julgamos que o perigo passou. </span><span style="font-size: xx-small;">Quando acreditamos que o vírus está num cantinho fresco e húmido do mundo bem afastado de nós.Nesse preciso momento estamos desprotegidos. Consideramos que a dor de cabeça, os tremores e os suores frios se devem ao excesso de calor e bebemos mais uma imperial para refrescar)</span></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: xx-small;"><br /></span></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>ai! que vou esticar o pernil.</strong></span><br />
<strong><br />
</strong><br />
<strong><br />
</strong>mchttp://www.blogger.com/profile/02655838622570404176noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8575745972575583469.post-48535028646616749252013-09-18T02:22:00.001+01:002014-11-17T00:40:18.049+00:00Abaixo assinado a favor do uso de havaianas no inverno<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ele saiu de casa bem cedo…não queria que nada o perturbasse. </span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O dia era muito importante. Preparou tudo cuidadosamente na noite anterior. E por isso mesmo não conseguiu explicar o que lhe sucedeu. Tinha a certeza que os sapatos não tinham as solas rotas nem costuras descosidas ou descoladas. Não se recorda de lhe ter acontecido em qualquer outro dia, ficar com as meias molhadas e os pés frios…</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">
<br />Na sala com vista para a praça chuvosa, sentado de costas bem direitas numa cadeira com imagem interessante mas de conforto mínimo, mexia meticulosamente os dedos dos pés.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">No gabinete, quando lhe falaram de uma crise, ou </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">da crise (já não se recorda) </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">olharam várias vezes para o telemóvel e passaram com as mãos no tampo da mesa lacado, cravado de impressões digitais. Depois de esborratadas umas dezenas de dedadas, </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">comunicaram-lhe a </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">impossibilidade de o contratar nas condições faladas na semana anterior. O</span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">s seus pés mergulharam na sola reforçada das meias. Achou que era uma boa sensação...</span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">como enterrar os dedos na areia molhada da praia.</span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">… </span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">De pé essa sensação aumentou. </span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ao andar a água passou a preencher os espaços entre as unhas e a pele e os sapatos de couro. Enquanto os seus joelhos se aproximavam estranhamente do peito e a rua passava veloz, tudo era a mesma massa: a água da chuva, a tinta liberta do algodão das meias acabadas de estrear, o suor nervoso com resquícios de cabedal. </span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">
<br />Os pés colavam-se ao chão com a pasta húmida que pingava da boca dos sapatos e as suas calças sem qualquer vestígio do vinco ostentado há duas horas atrás eram cascatas de desilusão no lago cada vez mais amplo entre o calcanhar do seu pé e o calcanhar do sapato.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
mchttp://www.blogger.com/profile/02655838622570404176noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8575745972575583469.post-932217326566974862013-06-11T22:52:00.001+01:002013-06-11T22:52:19.837+01:00E agora?Dizem que quando passamos por um grande perigo nos lembramos da nossa vida, os momentos mais marcantes e as pessoas que amamos.<br />
Não tive grandes sustos na vida mas já me aconteceu estar em situações menos agradáveis, que podiam ser evitadas. Uma imagem mental que me assola nesses instantes é uma seta curvada com direcção oposta aos ponteiros do relógio. Undo! Undo! Undo!<br />
Não resulta...<br />
<br />mchttp://www.blogger.com/profile/02655838622570404176noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8575745972575583469.post-76816704595327812012013-04-01T00:00:00.000+01:002013-04-02T00:01:55.443+01:00Retrato 4 - A faladora egoista<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ela tinha a mania de dizer coisas só porque lhe soavam bem e esperava que a apreciassem nesse exercício.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Da mesma forma que atira a bola ao cão, assim faz com as palavras… </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Espera, simplesmente que alguém as apanhe e as devolva. Talvez com um pouco mais saliva, mastigadas e ligeiramente destruídas.</span>mchttp://www.blogger.com/profile/02655838622570404176noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8575745972575583469.post-83880781407065883002013-03-29T00:00:00.000+00:002013-03-29T13:13:48.779+00:00Berenice<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ele chamava-a de Berenice. Não por esse ser o seu nome mas
porque quando a conheceu, ela o fez lembrar uma personagem de um romance que
lera.</span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Berenice era bela com longos cabelos negros, um sorriso
atrevido e corpo roliço. Dava nas vistas. Isto no livro, porque a outra - aquela que não Berenice -
mas que assim era chamada, não despertava múltiplos olhares de cobiça. </span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas ele chamava-a de Berenice e ela – a nossa Berenice (porque
assim a conhecemos, apesar, desse não ser o seu nome) não sabia o porquê do título,
aparentemente desadequado, antiquado e desinteressante. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"><br /></span></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;">Ele chamava-a </span></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Berenice,</span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">cada vez mais, com maior intensidade e ela ficava triste, sempre um pouco menos.</span></div>
mchttp://www.blogger.com/profile/02655838622570404176noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8575745972575583469.post-67262621835298659122013-03-21T00:36:00.000+00:002013-03-21T01:03:57.150+00:00Um post pessoal, um elogio à cusquice ou a nostalgia de uma humanidade envergonhada<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhn98SPgoOZXNlNP40u8bPL_BkRsY9QyotL7yA_rjo3DkTS9ZKfozGXzpP49EP_ONJxPvGza6swHeUTlbVRWtTl8MZ7dpVk-BuoA_-MldFg741VGvzPXFAcmSS870MpmuKCsIxU-7BBzS1d/s1600/cusquice+copy.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhn98SPgoOZXNlNP40u8bPL_BkRsY9QyotL7yA_rjo3DkTS9ZKfozGXzpP49EP_ONJxPvGza6swHeUTlbVRWtTl8MZ7dpVk-BuoA_-MldFg741VGvzPXFAcmSS870MpmuKCsIxU-7BBzS1d/s1600/cusquice+copy.jpg" /></a></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Quando era miúda colocava a mim própria um desafio peculiar. O que escolheria perante as seguintes hipóteses:</span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">a) tornar-me invisível sempre que o desejasse ou b) conseguir </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">ler os pensamentos das outras pessoas. Demorava sempre bastante a escolher uma das possibilidades e nunca as consegui realizar. Poderei afirmar: felizmente!, pois ouvi dizer que os super-poderes tornam-se muitas vezes uma maldição para os seus portadores.</span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Apesar dos evidentes benefícios que qualquer uma das operações pudesse representar penso que o que me fascinava era a simples possibilidade de saber mais sobre os outros. E isso é curioso porque sempre tive níveis de cusquice abaixo do normal (não que as análises que tenho feito comprovem isso mas era comum os episódios da vida alheia, mesmo quando picantes, intrigantes e amplamente divulgados entre o meu circulo de </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">amigos e </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">conhecidos, me passarem completamente ao lado).</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Com a criação deste blog finalmente percebi porque é que tinha necessidade de procurar esses poderes. Tendo por objectivo escrever crónicas divertidas eu não poderia recorrer apenas à minha vida (que perante a minha visão crítica de cronista em construção era... árida). Nesse momento precisei de olhar para os outros, quem conheço, quem nunca vi, toda a gente e para as marcas humanas espalhadas um pouco por todo o lado (coisas como a roupa estendida nas varandas, as beatas caídas no chão, janelas semi-abertas poderiam ser pedaços de histórias fascinantes). </span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A falta de rigor cientifico na pesquisa de pistas para ideias não me permitiu atingir níveis de quadrilhice notáveis, nem mesmo assinaláveis mas não me impediu de perceber que a cusquice me torna mais humana.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<br />
<br />mchttp://www.blogger.com/profile/02655838622570404176noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8575745972575583469.post-85571473292613980372012-09-25T02:32:00.000+01:002012-09-26T01:40:04.786+01:00Reestruturação do blog<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">1 - A primeira ideia de blog que tive consistia em relatar o "mundo selvagem" de um quintal de 200m2. Iria publicar fotografias de episódios da flora e fauna presente num pequeno espaço verde e tentar comentá-las de forma cada vez mais rigorosa. Não avançou por duas razões principais: </span><span style="font-family: Arial;">O quintal era dominado por demasiados predadores e a minha capacidade de captação de imagens com boa qualidade era muito baixa;</span><br />
<span style="font-family: Arial;"></span><br />
<span style="font-family: Arial;">2 - A segunda ideia para um blog era mais simples e não exigia gastos. Bastava reflectir sobre temas do quotidiano e montar pequenas discussões mais ou menos racionais. Os posts deveriam ser exercícios de escrita criativa divertidos que divertissem quem os lesse. Avançou, apesar dos muitos periodos de silencio. O modelo continua a agradar-me ou melhor, a divertir-me...mas....e dai surgir o terceiro ponto deste texto, comecei a questionar a pertinência dos ex-futuros posts armazenados em forma de gravações no meu telemóvel. E finalmente descobri o que se passa!</span><br />
<span style="font-family: Arial;"></span><br />
<span style="font-family: Arial;">3 - Fui atacada pela necessidade de aumentar a minha consciência politica e cívica - doença ciclica que tem por origem bactérias que se desenvolvem em periodos de crise e convulsão. Não sendo esta uma </span><span style="font-family: Arial;">doença rara ainda não foram encontradas soluções e até há quem defenda a necessidade de proteger e difundir a maleita. Eu concordo.</span>mchttp://www.blogger.com/profile/02655838622570404176noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8575745972575583469.post-9587136950678362322012-07-30T22:53:00.001+01:002012-07-30T22:53:45.188+01:00Retrato III: a poetisa que morreu idosa<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Houve
um momento da sua vida em que escrevia muito: analisava, revia e guardava todos
os seus sentimentos num papel, como se não existisse espaço dentro de si para
os conter. <o:p></o:p></span>
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Mais
tarde deixou de o fazer mas não sabe explicar porquê. Talvez a sua paixão tenha
diminuído. Ou terá crescido e tudo passou a caber dentro de si, mais ou menos
catalogado, mais ou menos arrumado.</span><br />
<br />
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">No
entanto, num momento da sua vida ela escrevia muito, poesia, todos os dias. Versos
próprios das adolescências tardias e de vidas adultas lânguidas: textos
idealistas, poemas porno soft, ideias amarguradas em fermentação.</span><br />
<br />
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Depois
leu, algures, que os poetas morrem cedo. E mesmo achando poética a ideia de
morte prematura deixou de escrever, por esta ou por qualquer outra razão.<o:p></o:p></span><br />mchttp://www.blogger.com/profile/02655838622570404176noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8575745972575583469.post-24787310376170805702011-11-27T02:00:00.002+00:002011-11-28T01:29:19.614+00:00Vermelhinho e o Lobo Ruim, uma versão ligeiramente esquizofrénica, à prova de A<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Certo domingo, um pequeno ser, vestido de vermelho, dirige-se pelo bosque, com bolinhos e outros miminhos. Vermelhinho tem por destino o domicílio de vovó. No bosque um lobo diz-lhe bem dócil:</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- Onde te diriges, meu bonito vermelhinho?</span></div><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> </span><br />
<span style="font-family: Arial;"> - Ver vóvó. Levo bolinhos.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O Lobo terrível, ou mesmo ruim, corre, corre veloz sem Vermelhinho perceber e...Come vovó! Como certos insectos de 8 pés tece um covil com mil dentes, com o intuito de digerir um pitéu bem fresquinho: o vermelhinho. O lobo ruim vestido de vóvó esconde-se dentro dos lençóis. </span></div><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt 35.4pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">(Toc, Toc!)</span></div><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt 35.4pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- Quem é? </span></div><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt 35.4pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- Eu, Vóvó!</span></div><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt 35.4pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- Oh, Vermelhinho! Que desejo de te ver!</span></div><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt 35.4pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- Que olhos, vó!</span></div><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt 35.4pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- Deste modo vejo-te melhor.</span></div><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt 35.4pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- Que ouvidos enormes!</span></div><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt 35.4pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- Oiço-te melhor com eles.</span></div><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt 35.4pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- Que dentes colossos!</span></div><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt 35.4pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- Vou-te comer!!!!</span></div><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>-UI! UI! SOCORRO! UI</span></div><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Um homem que tem por rendimento mortes de seres vivos ouve os gritos do Vermelhinho e resolve tudo: o lobo morre, vóvó suspende morte no ventre do lobo terrível e os três juntos, vermelhinho, vóvó e o homem que tem por rendimento mortes de seres vivos, deglutem bolinhos. </span></div><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> Fim</span><br />
<br />
<br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">(Este é um exercício de escrita que consiste na escrita de uma história conhecida, neste caso a história do capuchinho vermelho, sem recorrer ao uso da letra a)</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div>mchttp://www.blogger.com/profile/02655838622570404176noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8575745972575583469.post-10534957752579938652011-10-31T01:17:00.001+00:002011-10-31T01:18:39.990+00:00Carta ao Pai Natal<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-family: Times New Roman;"></span><span style="font-size: xx-small;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">(...parece que já não é fora de época: eu quero mesmo receber esta prenda e tenho sido uma boa menina durante todo o ano)</span></span> <br />
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Caríssimo Pai Natal,</span><br />
<br />
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Antes de mais quero dizer-te que não acredito em ti...mas se existires, por favor, não deixes de me responder. Acho que nunca acreditei em ti... Pelo menos nunca sofri a suposta grave desilusão que é deixar de acreditar no Pai Natal ou talvez tenha sofrido e dissimulado esses sentimentos... </span><br />
<br />
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Escrevo-te porque a minha profunda convicção nas minhas descrenças foi abalada por uma descrença geral maior que questiona todas essas descrenças. Por isso peço-te, neste Natal, quero receber as minhas descrenças primárias, sozinhas, isoladas, a valerem por elas próprias, convictas, orgulhosas de si, independentes. Não tem de ser nada novo, podes ser ecológico e fazer uma reciclagem das minhas convicções, emoções. Peço-te que reponhas as minhas descrenças bem fundamentadas e organizadinhas. Obrigada.</span><br />
<br />
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Com os melhores cumprimentos</span></span>mchttp://www.blogger.com/profile/02655838622570404176noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8575745972575583469.post-64051966496998593602011-10-20T00:06:00.000+01:002011-10-20T00:06:00.111+01:00A outra paixão<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Essa história das paixões deixa-me desconfiada…A minha outra paixão…, porque a primeira é só minha e recuso-me a expô-la aqui, só a premiá-la. A minha outra paixão é ser do contra, dizer mal e torcer o nariz a coisas fofinhas e lamechas, fazer listas de defeitos, relembrar maleitas e coisas que correram mal como o jantar de família em que a minha tia deixou queimar o arroz de cabidela que se quer bem malandrinho, a minha avó bebeu ginjinha a mais e disse bem alto o que toda a gente sabia e de que ninguém falava e 2 primos afastados foram encontrados no quarto dos fundos em comportamentos menos próprios.<o:p></o:p></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Não sei quando comecei a apurar as minhas capacidades analítico pessimistas… na infância enquanto os meus amigos gozavam com o “gordo” ou com a “cenoura” eu apontava-lhe as falhas morais e por vezes, quando estava aborrecida, falava-lhes da inexistência do pai-natal ou explicava-lhes o processo de decomposição a que o corpo dos seus parentes falecidos estava sujeito. Consideravam-me arrogante e empertigada e assim eu melhorava esta minha aptidão, tendo publicado aos 14 anos um pequeno jornal digital chamado “Escárnio e mal-dizer” onde escrevia sobre os namoricos da escola, os tiques dos professores e a comida intragável do refeitório. Durou pouco tempo porque cedo dei conta dos inconvenientes da internet, me aborreci com os comentários pouco criativos que recebia e alarguei os assuntos de análise. </span></div>mchttp://www.blogger.com/profile/02655838622570404176noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8575745972575583469.post-19280934764751690032011-10-12T23:43:00.001+01:002011-10-13T00:06:06.483+01:00O exorcismo moderno<span style="font-family: Calibri;">Que existem demónios por ai, espíritos tenebrosos e criaturas enviadas por Satanás poucos podem não comprovar. </span><br />
<br />
<span style="font-family: Calibri;">Muitas pessoas poderão ser reticentes em dizer que tais seres não circulam de quando em quando por ambientes do quotidiano ou mesmo assumir a forma de pessoas conhecidas... eu própria sinto os meus humores alterados sempre que leio um anúncio a promover o exorcismo. Deste ponto de vista o exorcismo pode ser caracterizado como um negócio sustentável que circula por ai (tal como uma alma penada) e a sustentabilidade é notável ou caso contrário, não seria referida nos preâmbulos de toda a legislação de âmbito nacional e europeu, produzida nos últimos anos.</span><br />
<br />
<span style="font-family: Calibri;">Este <i style="mso-bidi-font-style: normal;">post</i> pretende reflectir sobre a condição do exorcismo na sociedade moderna. A água benta tem os dias contados, os tradicionais fantasmas sentem-se assustados com o intenso tráfego aéreo do nosso mundo global. Os exorcistas modernos já não empunham crucifixos, são geeks salvadores que activam anti-vírus perante fluxos de bactérias informáticas. Claro que existem charlatões que recorrem a formatações de disco. Por isso tenham cuidado!</span>mchttp://www.blogger.com/profile/02655838622570404176noreply@blogger.com0